Aos 81 anos, Júlia Rodrigues de Oliveira contou que pela primeira vez testemunhou um assalto. Ela revelou detalhes da conversa com o assaltante.
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A idosa Júlia Rodrigues de Oliveira, que ganhou beijo de um assaltante durante roubo a um comércio em Amarante, a 160 km de Teresina, contou não ter sentido medo e que rezou para os autores do crime. Aos 81 anos, essa foi a primeira vez que ela testemunhou um assalto.
Dona Júlia foi até o comércio comprar um desinfetante para limpar o terraço de casa. Durante o atendimento, os dois suspeitos entraram no estabelecimento e anunciaram o assalto. Ela achou que a ação se tratava de uma brincadeira até que o outro suspeito entrou no estabelecimento pedindo dinheiro.
"Meu Jesus, eu nunca tinha visto uma coisa dessas. Comecei a rezar, dizendo para Deus amparar eles, que saíssem daquela vida e é por isso que o cara mandou ele me beijar, porque eu estava colocando eles no céu. Pedi a Deus para tocar no coração deles", contou a idosa.
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Ao G1, a idosa revelou ter problema de pressão e às vezes chega a desmaiar, mas durante o roubo ficou com o corpo paralisado e, por isso, não sentiu o beijo do assaltante. Dona Júlia chegou a estender a mão para entregar dinheiro ao criminoso, mas ele recusou.
"O dinheiro e chave estavam em minhas mãos, que direcionei para frente. Ele com o rabo de olho disse: eu não vou mexer com a senhora não. Eu não senti medo, porque para mim estava ali em pé uma pessoa como eu. Também não senti o beijo que ele me deu, só percebi depois de assistir o vídeo. Se eu tivesse sentido tinha desmaiado, gritado, mas Deus paralisou o meu corpo, só não paralisou minha língua porque eu fiquei falando de Deus", disse.
Um funcionário do comércio, que preferiu não se identificar, contou que o assaltante negou o dinheiro de dona Júlia porque não assaltava 'velhinhos'. "Ele falou: não vó, eu não roubo dinheiro de velhinho não. Depois a beijou na testa".
Para dona Júlia, o beijo do assaltante não foi por maldade. Ela acredita que a ação tenha sido uma resposta às palavras que ela estava dizendo para o autor do crime. "Que as minhas palavras ficassem na cabeça dele e mudasse o seu jeito", declarou.
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O proprietário do comércio, Samuel Almeida, ainda não conseguiu registrar boletim de ocorrência do assalto ocorrido na terça-feira (15) porque a delegacia ficou sem energia na tarde de quarta-feira (16) e nesta quinta estava fechada.
A Polícia Militar informou não ter identificado os suspeitos, mas que eles foram vistos em outros assaltos na região. A Polícia Civil deve investigar o caso.
Fonte G1
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